quarta-feira, janeiro 21

Mundial 2018. Ou a promiscuidade do futebol com a politica


Mundial 2018:
Ministro das Finanças contraria colegas de Governo afirmando que torneio "não está no topo das preocupações
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, defendeu hoje (dia 20) em Bruxelas que a organização do Mundial de futebol de 2018 por Portugal e Espanha, não deve estar no topo das prioridades portuguesas. "Na minha opinião não penso que essa deva ser a prioridade neste momento do país", disse Teixeira dos Santos no final duma reunião dos ministros europeus das Finanças, contrariando assim o apoio manifestado pelo ministro da Presidência e pelo secretário de Estado do Desporto.Para o responsável governamental português "há muitas outras iniciativas que serão, com certeza, bem mais relevantes para o reforço da nossa competitividade do que organizar um campeonato de futebol mundial". Uma declaração que contraria aquilo que foi dito por outro membro do Governo, designadamente pelo secretário de Estado do Desporto. Anteriormente, em carta enviada à direcção da Federação Portuguesa de Futebol, Laurentino Dias manifestou, em nome do Executivo de José Sócrates, a disponibilidade do Governo para analisar e apoiar uma candidatura luso-espanhola à organização daquele torneio. Teixeira dos Santos afirma desconhecer qualquer discussão sobre esta matéria ao nível do Governo.Também o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, defendeu a 9 de Janeiro a possibilidade de uma candidatura conjunta de Portugal e de Espanha à organização do Mundial de Futebol de 2018, desde que não implique investimentos adicionais em infra-estruturas para o país. "Não me parece que essa seja uma iniciativa que neste momento deva estar no topo das nossas preocupações", concluiu hoje o ministro das Finanças.
Madaíl admite recuar
"Nunca disse que [o Mundial 2018] era uma prioridade. Se o Estado disser para pararmos, paramos, ponto final, parágrafo. Mas não podemos deixar de aproveitar esta oportunidade", disse, ontem, Gilberto Madaíl em reacção às dúvidas levantadas pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, quanto à candidatura à organização da prova. "Não penso que essa deva ser a prioridade do País neste momento", afirmou o governante, à margem de uma reunião em Bruxelas com homólogos europeus.
"Há muitas outras iniciativas que serão, com certeza, bem mais relevantes para o reforço da nossa competitividade", sublinhou.
"O ministro tem toda a legitimidade para fazer essas declarações. É um evento que, daqui a nove anos, vai trazer ao País e ao futebol uma mais-valia económica e financeira indiscutível. Tenho esperança de que nessa altura o País esteja numa posição diferente", concluiu o presidente da Federação Portuguesa de Futebol .
Entretanto, o Ministério da Presidência espanhol divulgou uma nota onde diz que a candidatura Ibérica ao Mundial 2018 "conta com o apoio de ambos os governos" e que será criada uma comissão conjunta. (dos jornais)
Curioso este despique entre governantes e Madaíl
E, das duas uma. Ou reina a confusão no mundo de Sócrates, ou trata-se de uma falsa questão, que visa apenas interesses eleitoralistas e promíscuos. Futebol (Madaíl/FPF) e Governo, como referi no post anterior.
O aparente desencontro significa maior visibilidade mediática, o que serve às mil-maravilhas os objectivos das partes. No que toca a MADAÍL, até já produziu efeitos positivos, pois num programa da RTPN, às terças,, um conhecido comentador portista não se coíbiu de manifestar o seu desejo pela continuação dele (MADAÍL) à frente da direcção da FPF. Isto na sequência da trajectória que este senhor vem percorrendo de algum tempo a esta parte. Desde o seu papel no adiamento do caso APITO FINAL, até às declarações sobre Baía/Scolari.

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